O
município de Praia Grande teve sua colonização iniciada por volta de 1917, por famílias que se instalaram ladeando o caminho que ligava a serra ao litoral, às margens do maior rio da região, o Mampituba, que divide os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em 1943, com o rápido progresso, a comunidade foi elevada à categoria de distrito do município de Araranguá.
Em 21 de junho de 1958, a Lei nº 348 emancipou politicamente o distrito, instalando-se em 19 de julho do mesmo ano o município de Praia Grande.
O
município dispõe de uma considerável reserva florestal, sendo parte desta integrante dos Parques Nacionais dos Aparados da Serra e da Serra Geral. O interior do município é repleto de rios e cascatas, e áreas onde animais vivem em estado completamente selvagem.
Os principais rios que cortam a região são o Mampituba e o Malacara. Estes, como os outros de menor porte, apresentam características semelhantes, formados por seixos rolados, com pouca profundidade, águas frias e cristalinas.
Há muitos outros rios na região, todos vindos do alto da serra e que vêm pacientemente cavando nos últimos 15 milhões de anos as profundezas dos cânions.
Durante muitas décadas o território dos cânions foi pouco frequentado pelos moradores, apenas por madeireiros e caçadores.
Lá era o “fundão”, o lugar onde a terra acabava e de onde não havia saída.
Com o tempo, jovens aventureiros descobriram que os cânions não eram o fim da linha, e que sim o começo. Encontraram formas de atravessar gargantas inteiras por dentro, desde Cambará do Sul/RS até Praia Grande/SC, enfrentando rios gelados, descendo cachoeiras de rapel e abrindo caminho pela mata fechada, o que faz da região um dos poucos lugares do Brasil para se praticar o legítimo canyonning.
Esse cenário único rendeu a Praia Grande o título de "Capital Catarinense dos Canyons" e hoje o município compõe a região aspirante a Geoparque da Unesco, o Geoparque Caminhos dos Canions do Sul.